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Ryan Bader: O Primeiro da Classe

Chegando ao fim do seu primeiro ano no Ultimate Fighting Championship, o currículo de Ryan Bader prepara-se para ser estelar. Se ele conseguir responder a cada problema que Eric Schafer apresentará na luta que farão no UFC 104 do dia 24 de outubro, Bader terá passado por cada teste desde a sua admissão "na escola do UFC", conseguida ao bater o duro Vinny Magalhães e faturar The Ultimate Fighter 8 (meio-pesado) de dezembro de 2008. 

Chegando ao fim do seu primeiro ano no Ultimate Fighting Championship, o currículo de Ryan Bader prepara-se para ser estelar. Se ele conseguir responder a cada problema que Eric Schafer apresentará na luta que farão no UFC 104 do dia 24 de outubro, Bader terá passado por cada teste desde a sua admissão "na escola do UFC", conseguida ao bater o duro Vinny Magalhães e faturar The Ultimate Fighter 8 (meio-pesado) de dezembro de 2008.  

 

Apesar de uma vitória sobre Schafer colocar Bader em uma ótima posição em seu segundo ano no Octagon, com uma perfeita série de três vitórias no UFC, 10-0 MMA e o fato que seis vencedores do TUF foram desafiantes por títulos, ele sente que seu jogo ainda precisa melhorar e não se vê brigando por um cinturão até emplacar mais algumas boas vitórias.  

 

"Eu não tenho certeza se essa luta vai me colocar no ranking, mas acho que uma vitória vai provar que eu sou um bom meio-pesado e que eu posso figurar entre os melhores da divisão até 93 quilos do UFC. Estou tendo que lutar contra um de cada vez e eu não estou olhando muito a frente", explica Bader. "Se eu ganhar, eu espero enfrentar um adversário de mais nome na minha próxima luta e continuar progredindo na divisão até chegar ao topo. É muito difícil fazer previsões neste esporte. Eu realmente não estou preocupado com nada além desta luta. Se eu ganhar, terei respostas".  

 

Isso não quer dizer que Bader, um nativo de Reno, NV de 26 anos de idade, está desprezando Schafer, que é um perigoso no jiu-jitsu, antes que a luta comece. O fato é que ele passou muitas horas treinando chão na academia de sua equipe, a Arizona Combat Sports, visando assim escapar de situações perigosas no chão. E isso mostra o respeito que ele tem pelo jogo de Schafer.  

 

Mas este não é o primeiro baile que Bader terá com um faixa-preta de jiu-jitsu e quando ele dança, ele diz que prefere conduzir.  

 

"Eu sinto que nessa luta, como em minhas outras lutas, eu tenho a capacidade de ditar para onde ela vai. Eu não me preocupo com as investidas dele, mas se ele quiser me derrubar eu vou evitar usando meu wrestling e se eu quiser derrubá-lo, eu irei. Há sempre uma preocupação: você pode ser finalizado por algo quando você está no chão com um cara bom de jiu-jitsu como o Red (apelido de Schafer). Você sempre tem que estar ciente do que está acontecendo e você tem que ser cuidadoso. Tenho lutado contra caras com alto nível no jiu-jitsu como Vinny Magalhães e Eliot Marshall", diz Bader. "A luta com Vinny nunca chegou ao chão, mas contra o Eliot foi chão praticamente o tempo todo. Eu treino com faixas pretas, o grupo é de muito alto nível e eu fui colocado em diversas situações, por isso estou bastante confiante que ele não vai me surpreender. A luta não será em um torneio de jiu-jitsu. Eu vou fazer o que sempre faço e tentar impor a minha vontade. Obviamente o jiu-jitsu dele é uma ameaça, mas estou confiante no meu jogo de chão".  

 

O que é mais impressionante em Bader não é o seu recorde MMA invicto ou os elogios recebidos pelos títulos acumulados ao competir wrestling (onde representava o estado do Arizona ao lado CB Dollaway e Cain Velasquez), e sim a rapidez e eficácia com que ele foi capaz de transformar o que ele usava para dominar as competições de wrestling em algo útil no cage.  

 

Depois de ter sido apresentado em 2007 à Trevor e Lally Todd, que em conjunto lideram a Arizona Combat Sports, Bader decidiu que ele iria treinar MMA com os irmãos para manter a forma, deixando aberta a possibilidade de competir durante aquele período. E o caminho se mostrou curto, quando uns meses mais tarde Bader foi chamado por um evento local que precisava de um substituto de última hora. Ganhando a luta por TKO em 2:21, ele se atraiu rapidamente por aquele tipo de competição.  

 

Até o fim de 2007 Bader lutou e venceu seis vezes e tinha visto a carreira do ex-parceiro de treinos da Sun Devils e atual da ACS, Dollaway, decolar como a aparição no "The Ultimate Fighter 7" daquele mesmo ano. Com a possibilidade de uma tirar um licença de seu trabalho, Bader enviou seu currículo para o show e voltou para Nevada para assistir as seletivas do TUF 8 em maio 2008.  

 

E o destino estava a seu lado, ele não foi só selecionado para a oitava edição do reality show da Spike TV, como venceu sua divisão, derrotando Kyle Kingsbury, Tom Lawlor e Marshall, e conseguiu o cobiçado "contrato seis dígitos no UFC" ao despachar Vinny na final em dezembro.  

 

No combate seguinte, Bader venceu Carmelo Marrero por decisão unânime no co-main event do UFC Fight Night 18: Condit vs Kampmann. No entanto, a vitória não veio fácil, ele rompeu os ligamentos posterior e medial cruzado do joelho esquerdo ao tentar uma passagem de guarda.  

 

Completamente curado e pronto para topar com Schafer dentro de uma semana, Bader está ansioso por lutar depois de ficar na geladeira nos últimos seis meses, e diz não estar preocupado em contundir o joelho novamente ou em como as articulações vão se portar diante dos rigores do combate.  

 

"Meu joelho está completamente curado e eu tenho exigido dele por três ou quatro meses. Esta contusão não será problema, pois não sinto nada", diz ele. "Não é uma preocupação para essa luta. Esta contusão foi o primeiro dano real que eu já tive no wrestling ou MMA. Meus treinadores e parceiros de treino foram os maiores incentivadores e eu não tive nenhum problema."  

 

Creditando aos treinadores e companheiros a ajuda mental e física na academia e pelo grande sucesso no cage, Bader, que sente sua equipe não é mencionada quando o assunto envolve os principais times do MMA, diz que, apesar do MMA e do wrestling serem esportes de um contra o outro, ele acredita na importância do treinamento e nos sistemas do trabalho em equipe.  

 

"Nosso time está voando um pouco abaixo do radar agora, mas estamos com uma equipe grande e as pessoas estão começando a reconhecer isso. Nós temos caras como Aaron Simpson, que venceu Ed Herman no UFC 103; Steve Steinbeiss, eu, CB [Dollaway], Carlos [Condit], [campeão leve do WEC] Jamie Varner e muitos outros que vocês ainda vão ver no futuro. Nós todos nos entendemos realmente bem e trabalhamos em conjunto - nos doando uns para os outros", diz ele. "Temos um grande e coeso grupo e nós queremos ajudar uns aos outros e sermos bem sucedidos. Se qualquer um vai lutar - mesmo quando outros não têm compromissos - todo mundo vai estar aqui na academia para ajudar. No wrestling você tem a equipe onde treina e ela depende de você para lutar e pontuar num torneio, mas você compete sozinho. É a mesma coisa no MMA, em que todos os seus parceiros de treino investem seu tempo e energia a cada dia, mesmo quando eles não têm nenhuma luta marcada. Eles querem ver você se dar bem, pois eles participaram do seu treinamento e passam a ter um interesse emocional na luta também".  

 

Segundo Bader, seus companheiros de equipe não são os únicos envolvidos  emocionalmente em sua carreira, embora ele não diga, mas nem todos querem que ela seja bem-sucedida. Descartando preconceitos que fãs e alguns parceiros de treino têm manifestado sobre ele e como ele entrou no UFC, Bader diz que provou que ele pertence ao Octagon e que aguarda com expectativa o dia em que seus feitos falem por si.  

 

"As pessoas acham que caras que participaram do reality show e foram para o UFC caíram de para quedas, e que não vão longe. Eu pagava minhas contas lutando em shows menores. Eu era 7-0 antes de eu ser escolhido para o The Ultimate Fighter e quando cheguei lá eu ganhei todas as minhas lutas. As pessoas gostam de colocar você como um alvo e aguardam que você tenha uma queda. Eles esperam que você seja perfeito e te tratam como uma grande celebridade até que você perder. Um monte de gente acha que é difícil lidar com esse tipo de pressão", diz Bader. "O programa me ajudou no UFC, mas eu trabalhei duro para isso, nada foi de mão beijada. Eu apenas me vejo como um lutador começando na organização. Ganhar o TUF 8 não me proporcionou nenhum tratamento especial. Estou começando a trabalhar da base da minha carreira para cima. Alguns lutadores tentaram fazer isso sem sucesso. Achando que tomaram o caminho mais fácil. Se fosse tão fácil quanto dizem, eles estariam no show também."