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Matt Hamill - Mais inteligente, mais forte e ainda dourado

Por Laura Gilbert

   

A maioria de nós não tem a chance de reescrever nossa própria história. Então, novamente, a maioria de nós não é Matt Hamill. "No meu contrato, eu tenho o direito de alterá-lo", diz ele.      

     

Ele não está brincando. O lutador de 33 anos de idade está falando sobre Hamill, um filme baseado sobre sua vida que está atualmente em pós-produção. "Eu vi a primeira versão, e nós tivemos uma série de ajustes". Então Hamill teve que re-fazer seu passado, até onde lhe convinha. "A segunda versão é incrível, ficou muito bom".     

     

Para alguém que tem poder ilimitado de superação, Hamill - que faz o co-main event do TUF Finale no sábado, 19 de junho contra Keith Jardine - tem feito um bom trabalho de conseguir fazer as coisas certas na primeira tentativa. Tem sua história muitas vezes repetida: ser surdo, aprender a falar e a ler os lábios, ir para a faculdade e se tornar um tri-campeão Nacional de Wrestling da NCAA Divisão III.     

     

Descobrindo Talentos      

Após a faculdade, e trabalhando como segurança, Hamill acabou com uma briga de bar de forma cinematográfica - sufocando um jogador de futebol da faculdade e arrastando-o para fora do bar em frente a uma multidão, em silêncio e espantada. Tentado a treinar MMA, ele entrou em uma academia e conheceu Duff Holmes, que tem sido seu treinador e manager desde então.      

     

Hamill aprendeu rapidamente e foi lançado na terceira temporada do The Ultimate Fighter, onde a sua destreza física fez a primeira escolha, o treinador Tito Ortiz e um excelente início que poderia fazer dele o vencedor. Um episódio focado nele foi nomeado 'O Menino de Ouro'. Enquanto isso, sua implacável natureza e sua história de superar as desvantagens fizeram dele um favorito entre os fãs.      

     

Sua carreira desde então o levou a um recorde de 9-2, e Hamill agora enfrenta Keith Jardine no co-main event do The Ultimate Fighter Finale no The Palms, Las Vegas. "Tenho certeza que ele está realmente com fome e quer vencer, então nós dois estamos no mesmo lugar", ele diz.      

     

Embora ele não dê detalhes do que tem em mente para a luta, Hamill possui dois pontos principais: "A pressão e agressividade". Os golpes pouco ortodoxos de Jardine são os que menos preocupam. "Eu tenho lutado Wrestling por 14 anos, então eu vi um monte de gente com golpes estranhos", ele diz.     

     

Status de Luta Principal   

As três vitórias seguidas de Hamill colidem com as três derrotas em sequência de Jardine, mas como tem sido um tônica em toda sua carreira profissional, os números não contam a história completa. Nenhuma de suas derrotas são cercadas de remorso: uma foi para Rich Franklin, um amigo de Hamill e um dos principais atletas do UFC, a outra foi uma decisão altamente controversa contra Michael Bisping. "Eu lutei com raça contra o Bisping e eu achei que eu ganhei aquela luta", ele diz. "Mas ele era mais experiente do que eu e eu não era um lutador muito rodado".     

     

Cada luta, ganhando ou perdendo, o impulsionou para desenvolver suas habilidades, e o wrestler de nível mundial evoluiu. "Em primeiro lugar, eu era um lutador horrível, muito unidimensional", ele diz. "As pessoas achavam que eu não poderia trocar socos, ou não podia chutar. Mas eu sou um rápido aprendiz e sou como uma esponja. Eu aprendi a lutar de forma inteligente, como respirar e como me mover".       

     

Hamill arrasou Reese Andy, Tim Boetsch e Mark Munoz - todos wrestlers de nível - terminando cada luta, controlando bem as quedas e demonstrando um jogo em pé que não se espera de um grappler. Seu impressionante chute na cabeça de Munoz no UFC 96 marcou o nocaute da noite.      

     

Então veio Jon Jones.     

     

Reviravolta na História      

Embora Hamill tenha vencido a luta no papel, Jones dominou com velocidade, potência e cotoveladas - algumas delas ilegais, e isso foi o que mudou a luta. Jones derrubou Hamill no início do primeiro round, causando um deslocamento de ombro e incapacitado Hamill de se defender do ground and pound que se seguiu.      

     

"Fiquei muito decepcionado com essa luta - não eu queria ganhar daquela forma. Mas tudo acontece por uma razão. Aprendi que eu cometi um erro. Eu realmente não esperava que alguém fosse me levar para baixo, ninguém tinha me derrubava há muito tempo", Hamill disse.     

     

Hamill permanece em aberto sobre a possibilidade de uma revanche. "Eu ainda tenho negócios inacabados com ele", diz. "Eu estava lutando com um braço, se não fosse isso, seria muito diferente. Eu tenho certeza que nossos caminhos vão se cruzar. Tenho a sensação de que vamos lutar em Nova York", ele sugere. O estado, que tem legislação pendente para regulamentar o MMA, é o lar de ambos, Hamill e Jones.      

     

Compromisso com as causas      

O período afastado serviu para Hamill refletir - e dedicar seu tempo a aparecer em eventos para pessoas com deficiência auditiva. "Expos de MMA são calmos e suaves em comparação com esses eventos", comenta Holmes. Hamill ri.      

     

E embora a pergunta nunca cale, "Como é ser um lutador surdo do UFC?" Hamill não se cansa de ser o garoto-propaganda. "Sou o único lutador surdo no UFC. Pessoas me chamam de apelidos como Matt 'O Desvantagem' Hamill e isso não me incomoda. Quanto mais fãs surdos eu tiver, mais motivado estarei para dar meu melhor".     

     

Holmes, que traduz para Hamill usando tanto através da linguagem dos sinais americana quanto por uma forma abreviada exclusiva de velhos amigos, é rápido em apontar que tão inspirador como sua história pode ser, Hamill não é perfeito. "Ele é um motorista horrível", revela Holmes.      

     

Seis meses após sua luta com Jones, no mesmo local e em outro TUF Finale, o herói imperfeito terá a oportunidade de mostrar o que é uma vitória em seus termos. "Meu trabalho é ganhar", Hamill disse. "E ponto final". E ao fazê-lo, ele tem uma outra chance de reescrever sua história.