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Roy Nelson - A grande chance do 'Big Country'

Por Thomas Gerbasi

 

Roy Nelson não é apenas um lutador. Ele também é um empresário. Então, quando você perguntar a ele sobre seu período dentro da casa Ultimate Fighter nesta temporada passada, ele vai começar com um pouco de humor antes de deixá-lo saber que ele já planejou seu próprio comercial de televisão.

 

"Eu nunca estive na prisão, mas eu poderia imaginar a prisão sendo realmente um pouco mais fácil,” disse Nelson de sua participação no TUF10. "E é como eu digo, eu mal posso esperar para fazer o meu comercial do Visa - Luvas: US $ 50, Camisa da Tapout: 28 $, morar na casa Ultimate Fighter: não tem preço.”

 

Nelson está certo, porque se ele terminar sua experiência no TUF com uma vitória sobre Brendan Schaub na final da noite de sábado, ele terá ganho uma exposição inestimável e um impulso à sua carreira que você não pode descrever em números. E foi por isso que ele colocou sua já bem sucedida carreira no MMA em modo de espera para rolar os dados no reality show que lançou a carreira de caras como Forrest Griffin, Diego Sanchez, Michael Bisping, Kenny Florian e seu treinador nesta temporada, Rashad Evans.

 

"É uma daquelas coisas onde olhei mais como um negócio,” disse Nelson de sua decisão de ir para o TUF. "Eu sei que o UFC é como uma máquina de relações públicas e que tipo de coisas eles podem fazer por você, então este caminho é como fazer sete ou oito lutas no UFC."

 

Não se esperava que fosse fácil, apesar do fato de que Nelson era o lutador mais experiente no show e um dos que lutaram a nível mundial de competição de forma consistente ao longo dos últimos dois anos. No entanto, quando o show começou, Nelson teve parte da atenção dirigida para longe dele como um alvo privilegiado, graças ao Sr. Kimbo Slice, que praticamente todos na casa queriam colocar as mãos no primeiro dia de filmagem.

 

"Nas rodadas de abertura eu não acho que eu tinha um alvo em mim, apenas porque ninguém iria querer lutar comigo no começo,” ele disse. "Acho que é por isso que todo mundo queria lutar contra o Kimbo, porque eles acharam que poderiam sair do anomimato ao lutar com ele. Mas nas rodadas seguintes, eles queriam lutar comigo apenas pelo puro fato que se me batessem, automaticamente se transformariam em legítimos pesos pesados."

 

Mas Nelson não ficaria de fora das atenções por muito tempo, já que sua primeira luta seria o mais aguardado encontro – e assistido - na história do Ultimate Fighter contra Slice. E enquanto Kimbo já era uma celebridade antes da luta, o homem que o venceu - 'Big Country' Nelson, também se tornou um nome familiar para os fãs casuais - bem como para alguns poucos que não gostavam dele.

 

"Acho que a luta me deu um pouco mais de fãs, e também me deu alguns outros que me odeiam,” disse Nelson, que deu cabo do popular Slice no segundo round.

Mais duas vitórias na casa para Nelson, ele derrotou Justin Wren e James McSweeney, o qualificaram para, no sábado, enfrenta seu companheiro Schaub pelo título do TUF10. E, apesar de relativa inexperiência de Schaub se comparado a Nelson, 'Big Country’ não menospreza seu oponente.

 

"A experiência é saber o que seu adversário pode fazer e o que você pode fazer sem se colocar em uma situação problemática,” disse Nelson, "mas Brendan sempre se manteve bem diante de situações onde ele deveria estar em pânico, e isso pode ser por ele ter vindo da NFL, que é um grande palco. Assim, com diferentes níveis de competição você consegue diferentes níveis de experiência."

 

O nível de experiência que Nelson tem vem apenas do MMA, onde ele se tornou profissional em 2004. E quando ele recebeu críticas por não ter um biotipo de lutador, o atleta de 33 anos de idade natural de Las Vegas, respondeu a isso dentro do ringue, com 14 vitórias sobre os lutadores como os veteranos do UFC Brad Imes e Fabiano Scherner, um título de peso-pesado na IFL e a faixa preta de Jiu-jitsu. Ele enfrentou outros pesos pesados de destaques como Andrei Arlovski, Rothwell Ben e Jeff Monson, e mesmo sendo derrotado por Arlovski e Monson antes de ser chamado pelo TUF, ele não perdeu a confiança.

 

"Após a luta contra o Monson, eu ainda me sentia como um lutador top." Ele disse. "Depois disso, era só esperar por quem quisesse me contratar."

 

Foi quando o mundo do reality show entrou em cena e, depois de seis semanas na casa com 15 outros pesos pesados, três vitórias, e mais de três meses de espera, é a hora de Nelson lutar. E me uma espera angustiante, especialmente quando pensa sobre o futuro e a possibilidade de enfrentar os melhores pesos pesados do mundo nos próximos meses.

 

"A divisão peso pesada do UFC está sempre ficando melhor,” disse ele. "Eu acho que fazer esta temporada com os pesos pesados faz a categoria melhor do que ela tem sido e eles adquiriram muitos talentos também. Acho que eu daria qualquer pessoa na lista - do campeão para desclassificado na primeira luta – uma chance. Seria muito competitivo."

 

Portanto, é certo dizer que a “transação comercial” de Nelson de ir para o The Ultimate Fighter foi um sucesso?

 

"Ainda não,” sorri. "Após o final posso dizer se foi um negócio bom ou não."