Skip to main content
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

O Primeiro Passo de Tibau Rumo ao Topo é no Sábado

No momento em que o peso leve do UFC Janigleison Herculano Alves pisar no Octagon para sua luta no UFC 104 do dia 24 de outubro no Staples Center na California, ele terá que mostrar serviço para muitos, mas principalmente para ele mesmo. Janigleison, de 26 anos de idade, estará indo fazer sua décima luta no UFC e... ...mas peraí! Quando você digita o sobrenome deste atleta na parte de procuras do site do UFC o único resultado que vem é do ex-desafiante meio médio Thiago "Pitbull" Alves. Então quem seria este outro Alves?

No momento em que o peso leve do UFC Janigleison Herculano Alves pisar no Octagon para sua luta no UFC 104 do dia 24 de outubro no Staples Center na California, ele terá que mostrar serviço para muitos, mas principalmente para ele mesmo. Janigleison, de 26 anos de idade, estará indo fazer sua décima luta no UFC e... ...mas peraí! Quando você digita o sobrenome deste atleta na parte de procuras do site do UFC o único resultado que vem é do ex-desafiante meio médio Thiago "Pitbull" Alves. Então quem seria este outro Alves?

Antes de descrever as provações que este lutador do Brasil precisará passar em sua décima luta – é necessário esclarecer que o dono deste longo nome, que soa um pouco estranho até mesmo para os brasileiros, é o nome real de Gleison Tibau (29-6). A escolha por um nome de ringue é quase óbvia quando Tibau, que enfrenta Josh "The Dentist" Neer no card principal do próximo UFC, começou no MMA. O jovem norte-riograndense nasceu na cidade de Tibau, um lindo lugar onde existe uma esplendorosa praia, e a decisão de cortar seu primeiro nome pela metade e adicionar o nome da cidade como seu último foi perfeita. Ficou muito mais comercial e atraiu seguidores que queriam saber do potencial do atleta vindo daquela cidade.

"Foi um começo duro," diz ele relembrando o tempo que ele lutava por algo em torno de 300r$. "Eu era conhecido como o lutador de Tibau e estava atrás dos meus objetivos," ele diz sobre as lutas no interior do Rio Grande do Norte.

Antes de agarrar a chance de atuar em um grande evento como nos dias de hoje, "o grande peso leve" lutou 25 vezes e, dentre estas, muitas vezes sem regras. Tibau enfrentou e derrotou Thiago "Pitbull" Alves em um curioso combate que ele não se lembra muito hoje em dia.

"Foi há muito tempo atrás, eu não sei se em 2000 ou 2001," ele disse sobre a luta que foi em 2001. "Eu finalizei ele, mas isso não foi um problema para nos tornarmos bons parceiros de treino quando me juntei à ATT há quase três anos."

O casca-grossa que estreou no UFC em 2006, acabou computando o que ele não esperava. Uma derrota! E não foi um resultado negativo apenas para um oponente, mas para tudo aquilo que ele sempre perseguiu em sua carreira, as lutas em uma grande organização. As luzes, o ambientes e é claro o adversário (Nick Diaz) causaram em Tibau um desespero.

"A combinação entre a dureza do meu oponente e o show em si me impressionaram," ele diz. "Eu senti um enorme responsabilidade em lutar no UFC e isso prejudicou o que eu tinha em mente."

Depois da derrota por TKO aos 2min:27s do assalto número #2, a primeira decisão tomada foi a de baixar de peso e lutar até 70 quilos. A mudança funcionou muito bem e Tibau conquistou três vitórias seguidas e despertou em muitos, incluindo o comentarista Joe Rogan, como ele podia bater 70kg e parecer tão pesado no dia seguinte.

"Dedicação!" Revela Tibau, que pesa em torno de 85kg quando está de férias. "Quando eu estou em minha cidade natal eu como tudo que posso. Mas quando uma luta está marcada eu fecho a boca e entro na dieta para bater os 70kg exigidos."

Se por um lado o peso extra o deixava mais forte, por outro - este peso leve que pode ganhar mais que 7kg depois da pesagem - ficava mais lento.

"Eu percebi que estava ganhando peso e perdendo mobilidade, mas junto com meus treinadores eu pude equilibrar estes pontos extremos da minha preparação," ele diz. "Há um tempo atrás, eu perdia a concentração durante a dieta e isso atrapalhava meu desempenho. E eu acho que paguei por isso com duas derrotas consecutivas em 2008."

Os dois resultados adversos diante de Tyson Griffin e Joe Stevenson transformaram o ano de 2008 em um pesadelo para Tibau dentro do UFC. O produto da American Top Team diz que aquele foi o pior estágio de sua carreira.

"O ano de 2008 não foi como eu esperava," Tibau diz. "Mas o importante foi que eu tirei lições das derrotas e essas lições foram sob pressão. Meus tropeços contra Griffin e Stevenson me colocaram em cheque para a luta seguinte. Era tudo ou nada contra o Rich Clementi! Eu queria melhorar meu Jiu-jitsu e meu Boxe ao mesmo tempo em que eu tinha em mente que estava com um peso nas costas. Uma nova derrota custaria minha carreira no UFC."

Ele relembra que os treinos pesados o ajudaram a não sentir tanta pressão contra Clementi no UFC Fight Night, em um combate que ele terminou no primeiro round.

O compromisso seguinte rendeu a Tibau uma vitória por decisão unânime sobre Jeremy Stephens no UFC® Fight Night™ Condit vs Kampmann, e a chance de repetir a boa campanha já vivida no UFC (de três vitórias seguidas) na próxima luta. O duelo foi realizado no The Ultimate Fighter Team US vs Team UK FINALE em junho e o oponente foi Melvin Guillard e seu impressionante recorde de 41 vitórias em 52 lutas.

"Eu vejo aquela como uma boa luta, só não posso aceitar o resultado," ele diz sobre a controversa decisão dividida conquistada por Guillard. "Eu aprendi que eu tenho que lutar para definir e não para deixar o resultado nas mãos dos jurados."

Quedas e posições de superioridade no chão não foram o bastante para proporcionar a Tibau sua sexta vitória, e não apenas isso, mas ele também mostrou algumas brechas em seu jogo de solo.

"Eu tive algumas boas posições, eu dominei a luta, mas o Guillard estava escorregadio e teve experiência para escapar delas. Mas mesmo assim eu acho que eu venci."

Com a necessidade de mostrar serviço aos fãs e a si mesmo em sua próxima luta, Tibau, que teve seu primeiro oponente, Sean Sherk, trocado por Neer, não vê problemas nesta mudança. Mesmo Sherk sendo um ex-campeão.

"Para mim todos tem um alto calibre, eles estão no UFC, todos são importantes," ele diz. "Eu não escolho adversários dentro do UFC e encaro todas as lutas com a mesma seriedade. Josh Neer é um casca-grossa."

A única modificação é na forma com que Tibau vê o novo oponente.

"Sherk é conhecido pelas habilidades no wrestling, já o Neer cai para dentro, ele tem uma boa trocação e uma guarda perigosa quando está por baixo na luta de solo. Ele já finalizou atletas duros com aquela guarda."

E como Tibau disse, não há mais espaço para decisões dos jurados.

"Eu vou para finalizar ou nocautear ele. Eu acho que isso é o que o Neer vai fazer também," ele diz. "Contra o Melvin eu enfrentei um cara que amarra muito a luta, contra o Neer isso não vai acontecer."

Em busca de redenção e de colocar o nome dele dentre aqueles que as pessoas estão ligadas, Tibau tem esperanças de usar esta luta contra Neer como o primeiro passo para recriar seu caminho até o cinturão.

"O plano é ser um desafiante no ano que vem, mas primeiro eu preciso derrotar Neer," ele disse. "Com minha disciplina e minha determinação eu conseguirei isso."