Announcements
Por Thomas Gerbasi
Se eles têm 25, 35 ou 45 anos, eles nunca irão perguntar: 'Quem', somente quando 'Quando'.
Matt Hughes, 36 anos, 44-7 como lutador profissional de MMA, e com elogios suficientes ao longo de seus 12 anos de carreira que garantem uma eventual entrada no Hall da Fama do UFC, definitivamente se encaixa nessa categoria. Ele nunca escolheu os adversários, nunca menosprezou o melhor do mundo e é isso que tem cimentado o seu lugar no esporte, não se importando se o resultado final é uma vitória ou uma derrota.
"Isso é o que eu faço para viver", Hughes disse. "Existem várias pessoas, em todos os tipos de profissões, que não gostam do seu trabalho, mas eu não sou um desses caras. Eu realmente gosto de ir à academia todos os dias, treinar e trabalhar duro, e mentalmente, eu adoro competir, por isso, quando você está mentalmente e fisicamente forte e quer competir, eu acho que estou fazendo a coisa certa".
Assim, quando o telefonema veio do UFC perguntando o que ele achava de enfrentar outro destaque em Renzo Gracie, Hughes respondeu que era uma luta grande, e perguntou onde teria que assinar para torná-la oficial.
Simples assim, embora soubesse que ele tinha que deixar sua família para começar o treinamento e, em seguida, voar quase 14 horas para o UFC 112 em para Abu Dhabi neste sábado. Esse é o passei que o competidor terá de fazer, porém, e para ele, uma luta com Gracie é atraente em muitos níveis.
"Eu sempre pensei sobre com o Renzo, especialmente depois que ele venceu o Pat Miletich (ex-treinador de Hughes), então existe um pouco de história entre Renzo e eu", Hughes disse. "Nós nos conhecemos há anos e nos damos muito bem, mas ele bateu meu técnico, e eu bati seu aluno (Matt Serra) e seu primo (Royce Gracie), que leva seu sobrenome. Então, eu tenho certeza que nós dois estamos muito ansiosos para entrar no ringue e mostrar quem vai dominar. A história está aí e os fãs vão assistir a uma boa luta".
Hughes também tem uma vitória sobre outro aluno de Renzo - Ricardo Almeida - em um combate do ADCC em 2000. Isso é relevante agora se você está falando em enredo, já que a atuação no evento de 2000 traz para Hughes a paz de espírito, uma vez que ele já visitou e competiu em Abu Dhabi. E apesar de Renzo ser um visitante regular por aquelas bandas e provavelmente será o favorito do público quando o sino de abertura soar, Hughes gosta disso.
"Pode ser ruim isso de eu não vou ter o apoio do público, mas o bom é que eu adoro ir até a cidade natal de alguém e vencê-lo lá", disse. "Desde o wrestling na escola eu tenho gostado disso. Se você pode bater alguém em seu próprio território, é uma forma de se motivar um pouco".
O que pode ser ainda mais motivante para Hughes é que ele pode se concentrar apenas na luta contra Renzo, e não em troca de farpas como a que ele passou antes de seu último combate, uma aquecida vitória por decisão unânime sobre o rival Matt Serra no UFC 98 em maio passado. E ele insiste que ele nunca teve qualquer coisa contra o novaiorquino.
"Foi uma boa vitória, mas eu nunca tive um problema com Matt", Hughes disse. "Eu acho que ele é o único que tinha um problema comigo. Então eu não tenho um problema de não dormir a noite pensando em Matt Serra. Eu nunca fui essa pessoa que achava que tinha contas a acertar. Estou satisfeito com a luta contra o Serra e definitivamente pronto para seguir em frente".
Contra Renzo, ele estará enfrentando alguém que está entre um seleto e pequeno grupo de lutadores que são universalmente respeitados e admirados. Você teria uma busca muito difícil por alguém que fale mal dele, e Hughes não é será o primeiro a chamar o faixa preta de Jiu-Jitsu de o melhor do histórico clã Gracie.
"Não há dúvida sobre isso", Hughes disse. "Eu sempre disse isso desde o início - se você quiser lutar com o melhor Gracie, você precisa lutar contra o Renzo, e eu continuo a dizer isso. Ele é o melhor que carrega esse sobrenome".
Mas Renzo tem 43 anos e está sem lutar há três, fato que foi precedido por três vitórias seguidas sobre ex-campeões do UFC como Frank Shamrock, Carlos Newton e Miletich. Como é que Hughes analisa esse ponto na carreira de Renzo?
"Eu não sei como seu corpo está reagindo - eu não tenho idéia sobre isso, mas ele tem que se sentir confiante vindo de lutas contra ex-campeões do UFC", disse Hughes, que parou Royce Gracie em um round no UFC 60 em 2006. "Então eu acho que uma das coisas que eu tenho que fazer é impor um bom primeiro round onde ele vai voltar para seu corner e com muitas dúvidas sobre estar no octógono comigo. Acho que preciso jogar alguma coisa sobre ele rapidamente para fazê-lo se perder mentalmente".
Para se certificar se seu próprio jogo está no ponto, Hughes tem mesclado seu treino na HIT Squad em Illinois, com visitas prolongadas a Salt Lake City, Utah para treinar com o velho amigo Jeremy Horn e treinador de striking Matt Pena.
"Jeremy é um grande lutador e tem um monte de outros bons lutadores de chão, como DaMarques Johnson", disse Hughes. "Com a experiência e o conhecimento de chão que o Renzo tem, eu quis treinar com os melhores grapplers que eu pudesse. Além disso, Matt Pena, meu treinador de boxe, estava com o Jeremy também. Então não fui lá somente pela luta de chão, eu também consegui treinar muito striking".
E se você acha que a parceiros de treino de Hughes ficaram apenas respeitando o ex-campeão meio médio, ele insiste que esse não é o caso - bem, pelo menos não agora.
"Acho que tive alguns problemas com pessoas assim antes, mas agora todo mundo está muito relaxado comigo, eles sabem que eu sou apenas mais um cara", Hughes disse. "Eu fui bem recebido e tive a oportunidade de treinar novas técnicas porque sou o Matt Hughes parceiro de treinos e não o Matt Hughes campeão do UFC que eles viam na TV".
Esse tipo de treinamento tem dado à Hughes um motivação renovada na academia e ele planeja levar isso para o octógono - não apenas no sábado, como ele espera aumentar seu número de lutas para mais do que uma vez por ano como fez em 2008 e 2009.
"Eu acho que seria um pouco melhor para mim se eu lutasse duas ou três vezes por ano", ele disse. "Eu nunca perderia a forma. Estou pensando em fazer isso após essa luta - ficar em forma, ficar em contato com os meus treinadores, como Matt Pena, e ficar afiado nas manoplas, assim eu não teria que passar por essa fase de reconstrução, onde você está apenas colocando seu corpo em forma e recuperando o tempo de volta".
Mas, tanto quanto uma lista de ocorrências futuras, Hughes não tem ninguém em sua mente. Basta trazer o melhor e ele vai aparecer na noite da luta.
"Depois dessa luta, Dana (White) e Lorenzo (Fertitta) vão me ligar e vamos descobrir o que vamos fazer em seguida", disse o nativo de Illinois. "Eu realmente nunca fui até eles e disse: 'Eu quero lutar com esse ou aquele'. Isso é com eles".
Então, casar lutas não é a tarefa de Matt Hughes. A luta é. E ele terá muito com que se ocupar na noite de sábado.
"Eu acho que conheço as tendências do Renzo, em pé e no chão. Então, meu trabalho é impor minha vontade e fazê-lo reagir a mim, e não eu reagir a ele".
Para maiores informações sobre Matt Hughes, visite www.matt-hughes.com
UFC Store
UFC and Venum Launch New Fusion Collection
Interviews