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Mark Coleman - Os maiores sucessos de The Hammer

Por Thomas Gerbasi 

 

Um dos lutadores mais influentes na história do MMA, Mark Coleman é visto por muitos como "The Godfather of Ground and Pound". Mas o destaque do estado de Ohio não pretende abandonar seus golpes ainda, e depois de uma vitória dominante sobre Stephan Bonnar no UFC 100, ele está pronto para o próximo passo na sua carreira, que acontecerá no dia 6 de fevereiro, num embate com o companheiro do Hall da Fama Randy Couture na luta principal do UFC 109. Em homenagem a essa luta, vamos relembrar os maiores momentos da carreira de Coleman. 

 

Moti Horenstein - 12 de julho, 1996 - UFC 10

 

Resultado: Coleman Coleman venceu por submissão (socos) 

 

Campeão do NCAA National em 1998 e parte da equipe olímpica norte-americana em 1992, Mark Coleman conquistou muito na sua carreira atlética, mas em 1996 o atleta de 31 anos não sabia o que viria depois. Até ligar a televisão em uma determinada noite. "Eu estava definitivamente em uma encruzilhada", Coleman me contou em 2008. "No wrestling não havia muito dinheiro envolvido, nós fazíamos muito por orgulho pessoal, e eu não tinha nenhuma certeza sobre meu futuro. É por isso que fiquei tão empolgado quando vi o primeiro UFC na TV. Eu fui imediatamente atraído por aquilo e sabia que é isso que eu iria fazer". Naquela época, um atleta podia simplesmente dizer 'hey, eu quero fazer aquilo', e fazer. Era assim que funcionava nos velhos tempos do UFC. E no momento em que sino tocou no UFC 10 e Coleman iniciou sua luta com Moti Horenstein, ficou claro que nós estávamos presenciando algo diferente, especial. Foi rápido e claro - Mark Coleman estava chegando para mudar o rumo da luta. 

 

 

 

Don Frye I - 12 de julho, 1996 - UFC 10

 

Resultado: Coleman venceu por nocaute 

 

No UFC 10, bastaram três vitórias em uma noite para sair com o título do torneio e o cheque que veio junto. Coleman não tinha dúvidas de que seria ele o responsável por segurar o cheque gigante. "Na época, em 96, eu e um grupo de lutadores éramos inocentes, mas nós realmente acreditávamos que iríamos chegar lá e vencer essas coisas", ele riu. "Eu acho que isso acabou sendo uma coisa boa porque confiança o leva longe nesse esporte". 

 

E depois de bater Horesntein, ele fez exatamente a mesma coisa com o lutador do UFC Gary Goodridge, preparando o terreno para o confronto com Don Frye, que tinha o recorde de 6-0 e vinha de duas vitórias naquela noite sobre Mark Hall e Brian Johnston. Fãs desse novo esporte na época pagaram sem medo para ver a luta, mas Coleman os compensou ao vencer Frye em 11 minutos e meio. "The Hammer" nascia. 

 

 

Dan Severn - 7 de fevereiro, 1997 - UFC 12

 

Resultado: Coleman venceu por submissão no 1º round 

 

Apenas dois meses depois da sua vitória no torneio do UFC 10, Coleman derrotou Julian Sanchez e Brian Johnston na mesma noite para vencer o torneio do UFC 11, e depois teve o merecido descanso de cinco meses até encarar Dan "The Beast" Severn na disputa pelo primeiro título da categoria pesado no UFC. Novamente, Coleman foi demais para seu oponente, um futuro membro do Hall da Fama, e venceu por finalização em menos de três minutos. Seis vitórias, seis finalizações, todas em menos de sete meses. Se você pensou que Mark Coleman jamais perderia, você não estava sozinho. 

 

 

Masaaki Satake - 30 de janeiro, 2000 - PRIDE Grand Prix 2000 - Opening Round

 

Resultado: Coleman venceu por submissão no 1º round 

 

Um dos caras que pensou que Coleman jamais perderia foi ele mesmo. "Infelizmente, comecei a ler muitos comentários e paguei o preço", ele disse. "O motivo de ter ido tão bem nos UFCs 10, 11 e 12 e no wrestling amador, foi porque eu treinei mais que meus oponentes. Eu não estava acostumado com a exposição e eu acabei preso nela, lendo muito sobre mim, e quando finalmente perdi acabou sendo uma experiência bem humilde". A derrota veio por Maurice Smith em 1997, uma grande decepção na época, seguida de mais duas derrotas no UFC para Pete Williams e Pedro Rizzo. Muitos consideraram Coleman carta fora do baralho, mas ele estava prestes a ressuscitar sua carreira no PRIDE, no Japão. O seu verdadeiro retorno começou na sua terceira luta, na rodada de abertura do PRIDE Grand Prix 2000, contra Masaaki Satake, que foi derrubado com um double leg, socado, punido e finalizado com uma chave cervical. Foi o antigo Coleman de volta. 

 

 

Igor Vovchanchyn - 1º de maio, 2000 - PRIDE Grand Prix 2000 - Finais

 

Resultado: Coleman venceu por submissão no 2º round (joelhadas) 

 

Com o esporte MMA maior do que nunca, ainda existem alguns lutadores do passado que ficaram por lá e se tornaram esquecidos. Igor Vovchanchyn, que se aposentou em 2005, um pouco antes da explosão da MMA, é um desses caras. Então, para vocês que nunca ouviram falar dele, deixe-me apenas dizer que o poderoso ucraniano é realmente um lutador duro, que encarava a tudo e a todos durante os seus dez anos de carreira. Logo, ao enfrentar Vovchanchyn nas finais do PRIDE Grand Prix e dominá-lo do início ao fim da luta, Coleman conquistou uma das suas mais importantes e expressivas vitórias na carreira. A vitória restabeleceu Coleman no cenário mundial, e se você por acaso não amou a sua comemoração pós-luta, você está assistindo ao esporte errado. 

 

 

Allan Goes - 25 de março, 2001 - PRIDE 13

 

Resultado: Coleman venceu por nocaute no 1º round 

 

Dez meses depois da sua vitória no PRIDE Grand Prix, Coleman retornou para encarar Allan Goes, fera no Jiu-Jitsu. Muitos acreditavam que se Coleman levasse a luta para o chão, como de costume, Allan teria a habilidade necessária não apenas para sobreviver, mas para finalizar o "The Hammer". Isso não aconteceu. Depois que Allan errou uma série de chutes bizarros no começo da luta, Coleman o levou ao chão e depois de disparar alguns golpes contra seu corpo, ele lançou uma série de joelhadas na cabeça de Allan, o nocauteando aos 1:19. 

 

 

Stephan Bonnar - 11 de julho, 2009 - UFC 100

 

Resultado: Coleman venceu em três rounds 

 

Nos anos seguintes à sua vitória sobre Allan, Coleman lutou erroneamente, tanto em termos de desempenho, quando em atividade, e, depois de uma derrota em 2006 para Fedor Emelianenko, Coleman resolveu se afastar do esporte sem, oficialmente, anunciar sua aposentadoria. Em 2008 ele foi incluído no Hall da Fama e deixou claro que iria retornar. O retorno aconteceu no UFC 93 no início de 2009 e, apesar de ter perdido em uma revanche para Maurício "Shogun" Rua, ele mostrou que ainda havia talento. Mas faltava algo para chegar ao nível do UFC, então ele se mudou para Vegas, onde treinou até o confronto com Stephan Bonnar, pelo UFC 100. 

 

"Eu sabia há muito tempo que precisava mudar as coisas, mas ainda não tinha tido coragem para fazer. Honestamente, eu primeiro me tornei um pai, depois um lutador, e eu sempre odiei deixar meus filhos. Eu treinei em casa e fiz o melhor com o que eu tinha em casa e, provavelmente, eu sabia que isso não seria o suficiente. Dessa vez, estou fazendo pelas crianças também, e acho que elas vão entender e se orgulhar do caminho que fiz. Tive tantas pessoas dispostas a me ajudar e isso foi fantástico". 

 

E isso apareceu na noite da luta, onde ele conquistou uma vitória por decisão depois de três rounds sobre Bonnar, preparando o terreno para o seu confronto com Couture no UFC 109. E apesar de já ter 45 anos, não espere vê-lo se aposentando tão cedo. 

 

"Eu sou 'The Hammer' e estou por aqui há muito tempo. Eu disse em 1996 que eu ficaria por aqui por um bom tempo e ainda estou. Existem muitas pessoas que, provavelmente, gostariam que não estivesse por perto, mas sinto muito. Eu os avisarei quando estiver pronto para parar".